Suplementar sem necessidade não é cuidado, é desperdício

Nos últimos anos, o uso de suplementos alimentares se popularizou. Vitaminas, minerais, proteínas e compostos “milagrosos” prometem mais energia, imunidade reforçada e até mesmo melhor desempenho físico e mental. Mas será que todo mundo realmente precisa suplementar?

A resposta é não.

Nosso organismo é uma máquina precisa. Quando a alimentação é equilibrada, geralmente conseguimos obter todos os nutrientes necessários através dos alimentos. Suplementar sem uma real deficiência pode desequilibrar esse sistema, sobrecarregar órgãos como o fígado e os rins e até causar efeitos colaterais.

Por exemplo, o excesso de vitamina A pode causar intoxicação; o de ferro, danos hepáticos; e o de cálcio, problemas renais. Ou seja, o que é bom em falta, também pode ser prejudicial em excesso.

Antes de começar qualquer suplementação, é essencial passar por uma avaliação médica ou nutricional. Exames laboratoriais e uma boa anamnese ajudam a identificar se existe realmente uma deficiência nutricional.

Lembre-se: cada organismo tem suas particularidades. O que funciona para um amigo pode ser totalmente desnecessário (ou até perigoso) para você.

Tomar suplementos sem necessidade é literalmente desperdiçar dinheiro. Muitas vezes, os produtos são caros e não trazem qualquer benefício adicional quando não há carência de nutrientes.

Investir em uma alimentação balanceada e variada costuma ser mais eficiente — e sustentável — para manter a saúde em dia.

Suplementar com propósito é diferente de tomar “por precaução”. Quando feita com orientação e base em exames, a suplementação pode trazer grandes benefícios. Mas fora disso, ela deixa de ser um ato de cuidado e se torna apenas um hábito caro e desnecessário.

Cuidar da saúde é buscar equilíbrio, não excessos. Consulte sempre um profissional antes de iniciar qualquer suplementação — e lembre-se de que o verdadeiro cuidado começa na alimentação e no acompanhamento individualizado.

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